Encarceramento feminino: estigma e opressão antes, durante e depois da prisão

Autores/as

  • Virgínia de Menezes Portes Departamento de Saúde Pública, Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, Santa Catarina, Brasil.
  • Roger Flores Ceccon Departamento de Ciências da Saúde, Faculdade de Medicina, Universidade Federal de Santa Catarina, Araranguá, Santa Catarina, Brasil
  • João Batista de Oliveira Junior Departamento de Saúde Pública, Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, Santa Catarina, Brasil
  • Stephany Yolanda Ril Departamento de Saúde Pública, Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, Santa Catarina, Brasil.
  • Dalvan Antônio de Campos Programa de Pós-Graduação em Ambiente e Saúde, Universidade do Planalto Catarinense, Lages, Santa Catarina, Brasil.
  • Sheila Rubia Lindner Departamento de Saúde Pública, Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, Santa Catarina, Brasil
  • Rodrigo Otávio Moretti-Pires Departamento de Saúde Pública, Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, Santa Catarina, Brasil

Palabras clave:

Encarceramento feminino, Estigma, Desigualdades de Gênero

Resumen

O crescente número de mulheres encarceradas no Brasil é uma problemática que reflete as desigualdades de gênero e impacta negativamente a sociedade brasileira. As mulheres privadas de liberdade enfrentam desafios estruturais e estigmas que são atravessados e intensificados por questões de gênero, raça, classe social e outras formas de opressão. Neste ensaio teórico, nosso objetivo é analisar a intersecção dessas opressões no encarceramento feminino, utilizando o conceito de Estigma de Erving Goffman. A partir da análise publicações sobre o tema, identificamos que as condições sociais às quais as mulheres encarceradas estão expostas contribuem para a maximização do estigma que as marca antes, durante e após o encarceramento. Além disso, constatamos que a criminalização da pobreza e a guerra às drogas agravam essa problemática. Nesse sentido, se faz imprescindível a atuação do Estado, por meio de implementação de políticas públicas efetivas para enfrentar o encarceramento feminino e suas complexidades, promovendo justiça e equidade.

Citas

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Publicado

2023-10-04