Uso do fitoterápico Hypericum perforatum (erva-de-são-joão) como tratamento alternativo para transtornos mentais

Autores/as

  • Poliana Sabei Laboratório de Biodiversidade e Conservação Vegetal, Departamento de Engenharia da Pesca e Ciências Biológicas, Centro de Educação Superior da Região Sul, Universidade Estado de Santa Catarina, Laguna, Santa Catarina, Brasil.
  • Vitoria Maria Dal Zot Laboratório de Biodiversidade e Conservação Vegetal, Departamento de Engenharia da Pesca e Ciências Biológicas, Centro de Educação Superior da Região Sul, Universidade Estado de Santa Catarina, Laguna, Santa Catarina, Brasil.
  • Ricardo Baggio Sauer Laboratório de Biodiversidade e Conservação Vegetal, Departamento de Engenharia da Pesca e Ciências Biológicas, Centro de Educação Superior da Região Sul, Universidade Estado de Santa Catarina, Laguna, Santa Catarina, Brasil.
  • Juliano Pereira Gomes Laboratório de Biodiversidade e Conservação Vegetal, Departamento de Engenharia da Pesca e Ciências Biológicas, Centro de Educação Superior da Região Sul, Universidade Estado de Santa Catarina, Laguna, Santa Catarina, Brasil.

Palabras clave:

etnobotânica, práticas tradicionais, saúde mental

Resumen

Este estudo objetivou revisar a utilização da Hypericum perforatum (erva-de-são-joão) no tratamento de transtornos mentais, como depressão, ansiedade, transtorno de déficit de atenção com hiperatividade (TDAH) e transtorno do espectro autista (TEA). A elaboração deste trabalho teve como base o conhecimento fitoterápico da curandeira e benzedeira Paulina Gonçalves, moradora de Itapirubá, Imbituba, Santa Catarina. A pesquisa destaca os benefícios terapêuticos do fitoterápico, como a modulação dos neurotransmissores serotonina, dopamina e noradrenalina, comprovando sua eficácia em casos de depressão leve a moderada e ansiedade. Além disso, o estudo aborda os riscos associados ao uso do H. perforatum, incluindo interações medicamentosas graves e fotossensibilidade. A análise dos dados sugere que o fitoterápico pode ser uma alternativa eficaz frente aos antidepressivos convencionais, especialmente em populações com intolerância aos medicamentos tradicionais. Este estudo reforça o valor do conhecimento etnobotânico, destacando a importância das práticas tradicionais no tratamento de distúrbios mentais, em alinhamento com o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 3 (Saúde e Bem-Estar).

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Publicado

2025-09-24