Dinâmica de populações arbóreas de uma floresta ombrófila mista montana ao longo de 13 anos

Autores/as

  • Bianca Lamounier da Silva Lima
  • Victória Oliveira Cabral Hassan
  • Marciano Martins Artismo
  • Guilherme Fortkamp
  • Maria Julia Carvalho Cruz
  • Pedro Higuchi

Palabras clave:

Dinâmica florestal, Fragmento, Floresta de araucária

Resumen

O presente estudo objetivou conhecer, ao longo de 13 anos, a dinâmica das populações arbóreas de um fragmento de Floresta Ombrófila Mista em Lages-SC. Para isso, em 2008, 2012, 2016 e 2021, inventariou-se as 10 populações de maior abundância neste fragmento, utilizando-se parcelas permanentes alocadas de forma estratificada sistemática. Para estas espécies, foram calculadas as taxas de recrutamento, mortalidade, ganho e perda em área basal, assim como mudança líquida em número de indivíduos e em área basal, nos períodos de inventário (2008-2012, 2012-2016 e 2016-2021). Estas populações demonstraram, em sua maioria, redução em número de indivíduos e em área basal, especialmente no último intervalo de tempo (2016-2021), o que pode indicar que as populações que apresentaram valores de mudanças líquidas negativos estão em declínio e necessitam de ações conservacionistas. No entanto, para inferências mais seguras dos padrões observados, são necessários estudos em um maior intervalo de tempo para estas populações.  

Citas

ANGIOSPERM PHYLOGENY GROUP. An update of the Angiosperm Phylogeny Group classification for the orders and families of flowering plants: APG IV. Botanical Journal of the Linnean Society, v. 181, p. 1-20, 2016.

HIGUCHI, P. et al. Influência de variáveis ambientais sobre o padrão estrutural e florístico do componente arbóreo em um fragmento de Floresta Ombrófila Mista Montana, em Lages, SC. Ciência Florestal, v. 22, p. 79-90, 2012.

HIGUCHI, P. forest.din: Função em linguagem de programação estatística R para a determinação de taxas demográficas de espécies arbóreas. 2017. DOI: 10.5281/zenodo.439701. Disponível em: <https://github.com/higuchip/forest.din>. Acesso em: 3/4/2023.

IBGE. Manual técnico da vegetação brasileira. Manuais Técnicos em Geociências, n. 1. Rio de Janeiro: Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. 2012. 271 p.

KORNING, J.; BALSLEV, H. Growth and mortality of trees in Amazonian tropical rain forest in Ecuador. Journal of Vegetation Science, v. 4, p. 77-86, 1994.

MACHADO, E. L. M.; OLIVEIRA-FILHO, A. T. Spatial patterns of tree community dynamics are detectable in a small (4 ha) and disturbed fragment of the Brazilian Atlantic forest. Acta Botanica Brasilica, v. 24, p. 250-261, 2010.

PELLEGRINO, G. Q. et al. Mudanças climáticas globais e a agricultura no Brasil. Multiciência, Ed. 8, p.139-162, 2007.

PRIMACK, R. B. et al. Growth rates and population structure of Moraceae trees in Sarawak, East Malaysia. Ecology, v. 66, p. 577-588, 1985.

R DEVELOPMENT CORE TEAM. R: A language and environment for statistical computing. R Foundation for Statistical Computing. Disponível em: <http://www.R-project.org>. Acesso em: 3/4/2023.

SALAMI, B. et al. Influência de variáveis ambientais na dinâmica do componente arbóreo em um fragmento de Floresta Ombrófila Mista em Lages, SC. Scientia Forestalis, v. 42, p. 197-207, 2014.

SANTOS, G. N. et al. Dinâmica do componente arbóreo e regenerante em uma floresta nebular no Planalto Sul Catarinense. Ciência Florestal, v. 31, p. 1086-1104, n. 3, 2021.

SHEIL, D.; MAY, R. M. Mortality and recruitment rate evaluations in heterogeneous tropical forests. Journal of Ecology, v. 84, p. 91-100, 1996.

Publicado

2023-11-16