Atividade enzimática como indicadora da qualidade do solo em pastagens com inoculação e adubação nitrogenada

Resumen

A degradação dos campos nativos do Sul do Brasil demanda práticas sustentáveis que favoreçam a recuperação da qualidade do solo. No entanto, enzimas como a β-glicosidase que está relacionada à ciclagem do carbono, e a fosfatase ácida à mineralização do fósforo orgânico, sendo ambas sensíveis à atividade microbiana, são indicadoras da qualidade biológica do solo. Este estudo avaliou a atividade das enzimas β-glicosidase e fosfatase ácida como indicadores da qualidade biológica do solo em campo nativo submetido à inoculação microbiana e adubação nitrogenada reduzida. O experimento foi instalado em uma área de campo nativo, em Curitibanos-SC, em delineamento de blocos casualizados com cinco tratamentos e cinco repetições. Os tratamentos incluíram um controle (50% da adubação nitrogenada) e quatro tratamentos com a mesma dose de N associada à inoculação com Azospirillum brasilense, Bacillus subtilis, Pseudomonas fluorescens e Rhizobium tropici. As coletas de solo foram realizadas ao final do ciclo da pastagem (abril de 2024), na profundidade de 0–10 cm. As amostras foram analisadas na Embrapa Soja, utilizando o método colorimétrico. As atividades médias foram de 180,04 μg PNF g⁻¹ h⁻¹ para β-glicosidase e 1.209,77 μg PNF g⁻¹ h⁻¹ para fosfatase ácida. Os valores de Pr > Fc (0,22 e 0,98, respectivamente) indicaram ausência de diferenças estatísticas significativas. Embora os efeitos da inoculação microbiana não tenham sido estatisticamente significativos, os elevados níveis de atividade enzimática sugerem que a microbiota permanece ativa, sem prejuízo à qualidade biológica do solo, indicando potencial para uso em sistemas sustentáveis.