Redução do uso de nitrogênio no cultivo do tabaco por meio da aplicação de inoculante

Resumo

O uso excessivo de fertilizantes químicos, embora eficiente para altas produtividades, pode comprometer a saúde do solo e gerar impactos ambientais negativos. Neste contexto, alternativas biológicas têm ganhado destaque por aliarem produtividade e sustentabilidade. Este trabalho avaliou os efeitos da inoculação com Azospirillum brasilense sobre o desenvolvimento do tabaco (Nicotiana tabacum), associado a diferentes doses de adubação nitrogenada em cobertura. O experimento foi conduzido em campo, no município de Petrolândia-SC, com quatro tratamentos: 100% da adubação recomendada, com e sem inoculante e 75% da adubação recomendada, com e sem inoculante. As variáveis analisadas foram a massa fresca e seca das folhas, obtidas em três colheitas, conforme a maturação das plantas. Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância ANOVA e Teste de Scott-Knott (P≤0,1) para comparação de médias. Os resultados mostraram que as plantas submetidas ao tratamento com 75% da dose de nitrogênio + inoculação (T4) apresentaram um incremento de 13% na massa fresca e 20% na massa seca na primeira colheita, em comparação ao tratamento convencional com 100% de adubação sem inoculante (T1). As colheitas seguintes não apresentaram diferenças significativas entre os tratamentos. Esses dados sugerem que a inoculação com A. brasilense pode contribuir para a redução da dependência de fertilizantes nitrogenados, mantendo o desempenho produtivo. Embora os efeitos tenham sido mais evidentes na primeira colheita, os resultados indicam o potencial da inoculação como prática complementar no manejo nutricional do tabaco.