Representações sociais acerca do feminismo em universitários de psicologia: “liberdade pra ser”

Resumo

A Psicologia desempenha um papel central no cuidado da saúde mental da sociedade, por isso é importante compreender seu constante movimento, assim como os sujeitos e suas relações sociais e ampliar os debates e estudos, diante da complexidade humana. Destaca-se uma das categorias que necessita de aprofundamento teórico na perspectiva da saúde mental, que é o gênero, pois este pode ser um fator de risco, considerando que homens apresentam uma taxa de mortalidade por suicídio três vezes maior do que as mulheres. Neste cenário, há a necessidade de produzir estudos que caracterizem necessidades e demandas de homens, principalmente relacionadas à saúde mental e a construção de suas masculinidades, a partir das discussões de gênero geradas pela crítica feminista. Por isso, a presente pesquisa objetivou conhecer a representação social acerca do feminismo para homens universitários do curso de Psicologia de uma instituição da Serra Catarinense. O método é qualitativo e possui objetivos exploratórios descritivos, as informações no campo foram através de um questionário online e de um grupo focal presencial, os dados foram analisados pela abordagem de análise crítica do discurso. Os resultados apontam que os universitários compreendem o feminismo como um movimento com força política de transformação social, plural na busca por equidade e com contribuição acadêmica. A pesquisa também identificou a necessidade de ampliar a discussão sobre saúde mental nas teorias estudadas na formação profissional e nas organizações de saúde, incluindo categorias interseccionais como o gênero, sendo essas discussões parte do compromisso ético político da profissão.