Avaliação da resistência de bactérias e patógenos a antibióticos em uroculturas de laboratório de análises clínicas

Autores

  • Nayara Borba Bays Universidade do Contestado, Concórdia, Santa Catarina, Brasil
  • Rúbia Mores Universidade do Contestado, Concórdia, Santa Catarina, Brasil

Palavras-chave:

Uroculturas, Resistência, Bactérias

Resumo

O presente estudo identificou bactérias isoladas causadoras de infecção do trato urinário (ITU) em exames de urocultura de urina e foi analisada a resistência a antibióticos em um laboratório de análises clínicas. A coleta dos dados ocorreu através da consulta ao sistema SILABOR do laboratório de análises clínicas de Peritiba e Piratuba, Santa Catarina. Os dados utilizados foram os microrganismos isolados, o perfil de suscetibilidade aos antimicrobianos, sexo e a idade de pacientes com amostras positivas. Os resultados revelam que o sexo mais acometido por infecção do trato urinário é do sexo feminino e a faixa etária é de pacientes idosos com idade de 71 à 80 anos (43%). Em relação ao perfil de resistência aos antimicrobianos, verificou-se maior resistência em uroculturas positivas para ampicilina (93%) seguido da amoxicilina/ácido clavulânico (64%), ciprofloxacina (29%), norfloxacina (21%), levofloxacina e sulfazotrim (14%) e os antibióticos ácido nalidíxico, amicacina, cefazolina, gentamicina e nitrofurantoína (7%). Estes resultados mostram-se fundamentais para a geração de novas estratégias na saúde da população da região estudada, auxiliando no tratamento correto dos pacientes, reduzindo o número de casos com resistência bacteriana e consequentemente diminuindo
os custos com a saúde.

Referências

ALVES, D. M. S.; EDELWEISS, M. K.; BOTELHO, L. J. Infecções comunitárias do trato urinário: prevalência e susceptibilidade aos antimicrobianos na cidade de Florianópolis. Revista Brasileira de Medicina de Família e Comunidade, v. 11, n. 38, p. 1-12, 2016.

CARNEIRO, M. et al. O uso de antimicrobianos em um hospital de ensino: umabreve avaliação. Revista da Associação Médica Brasileira, v. 57, n. 4, p. 421–424, 2011.

CARRARO-EDUARDO, J. C.; GAVA, I. A. O uso de vacinas naprofilaxia das infecções do trato urinário. Jornal Brasileiro de Nefrologia, v. 34, n. 2, p. 178–183, 2012.

DENNY, K. J. et al. Appropriateness of antibiotic prescribing in the Emergency Department. Journal of Antimicrobial Chemotherapy, v. 74, n. 2, p. 515– 520, 2019.

FLORES-MIRELES, A. L. et al. Urinary tract infections: epidemiology, mechanisms of infection and treatment options. Nature Reviews Microbiology, v. 13, n. 5, p. 269–284, 2015.

FOXMAN, B. Epidemiology of urinary tract infections: incidence, morbidity, and economic costs. Disease-a-Month, v. 49, n. 2, p. 53–70, 2003.

FOXMAN, B. The epidemiology of urinary tract infection. Nature Reviews Urology, v. 7, n. 12, p. 653–660, 2010.

FOXMAN, B. Urinary tract infection syndromes. Occurrence, recurrence, bacteriology, risk factors, and disease burden. Infectious Disease Clinics of NorthAmerica, v. 28, n. 1, p. 1–13, 2014.

GUIDONI, E. B. M.; TOPOROVSKI, J. Infecção urinária na adolescência. Jornal de Pediatria, v. 77, n. 2, p. 165-169, 2001.

HEILBERG PI, S. N. Abordagem diagnóstica e terapêutica na infecção do trato urinário - Itu. Revista da Associação Médica Brasileira, v. 49, p. 109-116, 2003.

JÚNIOR GUERRA, G. E. S. et al. Urinary tract infections: frequency and etiology in outpatients. 2019.

KASHEF, N.; DJAVID, G. E.; SHAHBAZI, S. Antimicrobial susceptibility patterns of community-acquired uropathogens in Tehran, Iran. Journal of Infection in Developing Countries, v. 4, n. 4, p. 202–206, 2010.

KAYE, D. Complicated urinary tract infection in the geriatric population topical collection on infectious diseases in the elderly. Current Geriatrics Reports, v. 4, n. 1, p. 79–86, 2015.

KOCH, C. R. et al. Antimicrobial resistance of uropathogens among outpatients, 2000- 2004. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical,v. 41, n. 3, p. 277–281, 2008.

LICHTENBERGER, P.; HOOTON, T. M. Complicated urinary tract infections. Current Infectious Disease Reports, v. 10, n. 6, p. 499-504, 2008.

LIMA, A. D. P. Perfil de infecções bacterianas do trato urinário e resistênciaaos antibióticos (Trabalho de conclusão de curso). Universidade Federal de Uberlandia, Uberlândia, Brasil. 2017. Disponível em: https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/20721

LOPES, H. V.; TAVARES, W. Infecções do Trato Urinário: Diagnóstico. Projeto Diretrizes – Sociedade Brasileira de Infectologia e Sociedade Brasileira deUrologia, p. 1–8, 2004.

O'BRIEN, V. P. et al. Drug and vaccine development for the treatment and prevention of urinary tract infections. Urinary Tract Infections: Molecular Pathogenesis and Clinical Management, v.4, n.1, p. 589-646, 2016.

PEZESHKI NAJAFABADI, M. et al. Common microbial causes of significant bacteriuria and their antibiotic resistance pattern in the Isfahan Province of Iran. Journal of Chemotherapy, v. 30, n. 6–8, p. 348–353, 2018.

PRAH, J. K. et al. Evaluation of urinalysis parameters and antimicrobial susceptibility of uropathogens among out-patients at University of Cape Coast Hospital. Ghana Medical Journal, v. 53, n. 1, p. 44–51, 2019.

TORTORA, G.J.; FUNKE, B.R.; CASE, C.L. Microbiologia. 8 ed. Porto Alegre: Artmed, 2006.

WEEKES, L. M. Antibiotic resistance changing management of urinary tract infections in aged care. Medical Journal of Australia, v. 203, n. 9, p. 352,2015.

Downloads

Publicado

2023-08-28